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sábado, 3 de outubro de 2009

UNASUL: Uma América do Sul UNIDA E FORTE

La integración de America del Sur (Unasur)
A integração da América do Sul (Unasul)
Flag of South America.svg


A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), anteriormente designada por Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN), será uma zona de livre comércio continental que unirá as duas organizações de livre comércio sul-americanas, Mercosul e Comunidade Andina de Nações, além do Chile, Guiana e Suriname, nos moldes da União Européia. Foi estabelecida com este nome pela Declaração de Cuzco em 2004. De acordo com entendimentos feitos até agora, a sede da União será localizada em Quito, capital do Equador, enquanto a localização de seu banco, o Banco do Sul será na capital da Venezuela, Caracas. O seu parlamento será localizado em Cochabamba, na Bolívia. A integração completa entre esses dois blocos foi formalizada durante a reunião dos presidentes de países da América do Sul, no dia 23 de maio de 2008 em Brasília.











sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Operação CONDOR



O pesadelo da "operação Condor"

1960, um general norte-americano convidou seus colegas latino-americanos para uma reunião onde se discutiriam problemas comuns. É a partir dessas reuniões, um pouco obsessivas, que se situa o coração do que se tornaria um dia a operação Condor

Pierre Abramovici

"Nós, chilenos, como todos os povos do Ocidente, combatemos as ditaduras dos ’ismos’ e os agentes estrangeiros que ameaçam o nosso país. Devemos combatê-los com todas as forças, tendo como arma principal a cooperação entre as polícias de toda América."1


O "señor Castillo, do serviço de segurança chileno", está com os olhos fixos no espectador. O filme se intitula O crime não compensa. Estamos em plena II Guerra Mundial e Hollywood fabrica pequenos filmes patrióticos intitulados "Por uma defesa comum". Inspirados pelo FBI, pretendem ser um ataque contra os espiões nazistas na América Latina e uma ilustração da cooperação dos serviços policiais e de segurança em escala continental.


Poderíamos dizer que as origens do que iria ser a operação Condor datam dessa época: um vasto plano de repressão continental, posto em prática pelas ditaduras latino-americanas nos anos 1970-1980. Somente a cor do "ismo" mudou, passando do pardo ao vermelho.

O ovo do condor

Foi a descoberta, por acaso, em fins de dezembro de 1992, de duas toneladas de arquivos da ditadura Stroessner numa delegacia de Lambaré, subúrbio de Assunção (Paraguai), que permitiu reconstituir, em um primeiro momento, as atividades criminosas desta rede internacional. O deslocamento de documentos da CIA referentes ao Chile, no dia 13 de novembro 2000, confirmou e detalhou o conteúdo desses "arquivos do terror".

Desde a Conferência Pan-Americana de Chapultepec, no México, em fevereiro de 1945, os Estados Unidos vinham alertando os militares sul-americanos contra o comunismo. Nessa perspectiva, acordos bilaterais de assistência militar seriam efetivamente assinados em 1951: fornecimento de armas e financiamento norte-americano, presença de assessores militares e treinamento de oficiais latino-americanos nos Estados Unidos e na Escola das Américas, na zona norte-americana do canal do Panamá.

A revolução castrista, em 1959, evidentemente precipitou o movimento para uma "defesa continental contra o comunismo". Em 1960, o general Theodore F. Bogart, comandante da US Southern Command (Comando Sul do exército dos Estados Unidos), com base na Zona do Canal, no Panamá, convidou seus colegas latino-americanos para uma reunião "amigável" onde se discutiriam problemas comuns. Dessa forma nasceram as Conferências dos exércitos americanos (CEA). Realizadas todos os anos em Forte Amador (Panamá) e depois, em 1964, em West Point, as reuniões se tornam mais espaçadas a partir de 1965 e passam a ser organizadas a cada dois anos. É aí, nessas reuniões um pouco obsessivas, típicas da guerra fria e raramente abertas ao público, que se situa o coração do que se tornaria um dia a operação Condor.

A rede "Agremil"

Além do MCI (Movimento comunista internacional, sigla cômoda para designar todos os opositores), os militares latino-americanos compartilhavam de uma obsessão maior: a interconexão dos serviços. Desde sua segunda reunião, a CEA exprime o desejo de estabelecer um comitê permanente na zona do canal de Panamá "para trocar informações e dados."2 Esta vontade vai se realizar principalmente na organização de uma rede de comunicação em escala continental e a encontros bilaterais ultra-secretos (Argentina-Paraguai, Brasil-Argentina, Argentina-Uruguai, Paraguai-Bolívia etc.) para informações.

Emitidas por um determinado país para um ou muitos outros, as fichas de informações circulavam através da rede "Agremil" — de agregados militares (adidos militares). Originadas geralmente nos serviços secretos militares (G-2), elas podem vir de polícias políticas ou mesmo de serviços menos oficiais, como a Organização de Coordenação de Operações Antisubversivas (OCOA), um esquadrão da morte originário da polícia política uruguaia, cujos membros participam dos interrogatórios, da tortura e de execuções, principalmente na Argentina.3

Esquadrões da morte "oficiais"

Por ocasião da X reunião da CEA, ocorrida em Caracas no dia 3 de setembro de 1973, o general Breno Borges Fortes, chefe do Estado-Maior do exército brasileiro, admite que a estratégia de luta contra o comunismo é da competência exclusiva das forças armadas de cada país mas que, "no que diz respeito ao aspecto coletivo, estimamos que somente são eficazes (...) a troca de experiências ou de informações e a ajuda técnica na medida em que esta for solicitada."4 É tomada a decisão de "dar mais força à troca de informações para enfrentar o terrorismo e (...) controlar os elementos subversivos em cada país."5

Enquanto o sub-continente cai progressivamente nas garras de regimes militares inspirados no exemplo brasileiro, a Argentina passa por uma curiosa transição entre a volta ao poder de Juan Domingo Perón, em 1973, e o golpe de 1976. A polícia e as forças armadas autorizam o desenvolvimento de esquadrões da morte originários de suas fileiras, como a Aliança Anticomunista Argentina (AAA, ou Triple A). Entretanto, a Argentina continua sendo o único país do Cone Sul onde podem encontrar asilo milhares de refugiados, principalmente chilenos e uruguaios, vítimas da perseguição política e social.

O assassinato de Prats

No início de março de 1974, representantes das polícias do Chile, Uruguai e Bolívia se reúnem com o sub-chefe da polícia federal argentina, delegado Alberto Villar (co-fundador da Triple A), para estudar a maneira pela qual poderiam colaborar para destruir o "foco subversivo" que constitui, em sua opinião, a presença destes milhares de "subversivos" estrangeiros na Argentina. O representante do Chile, um general dos carabineiros, propõe "credenciar em cada embaixada um agente secreto, que poderia pertencer seja às Forças armadas ou à polícia, e cuja função principal seria a de assegurar a coordenação com a polícia ou o representante da Segurança de cada país". E o general acrescenta: "Deveríamos dispor igualmente de uma central de informações onde pudéssemos buscar informações sobre indivíduos marxistas (...), trocar programas e informações sobre pessoas políticas (...). Seria necessário podermos entrar e sair da Bolívia, passar da Bolívia para o Chile e de lá voltar à Argentina. Em suma, nos deslocarmos em qualquer desses países sem necessidade de um pedido formal."6

O delegado Villar promete que o Departamento de Assuntos Estrangeiros (DAE) da Superintendência de Segurança da polícia federal argentina se ocupará dos estrangeiros que interessam às ditaduras vizinhas. Em agosto desse ano, começam realmente a aparecer, nos depósitos de lixo de Buenos Aires, os primeiros cadáveres de refugiados estrangeiros, principalmente bolivianos. No dia 30 de setembro, na capital argentina, uma bomba colocada por um comando chileno e um agente (ou ex-agente) da CIA, Michael Townley, mata o general Carlos Prats, ex-comandante em chefe do exército durante o governo da Unidade Popular e principal adversário do general Augusto Pinochet.

Um Estado dentro do Estado

Comandos policiais ou militares atravessam fronteiras sem qualquer dificuldade. Durante os meses de março e abril de 1975, por exemplo, mais de vinte e cinco uruguaios são presos em Buenos Aires por policiais argentinos e uruguaios. Nas delegacias de polícia argentina, os policiais uruguaios participam dos interrogatórios.7 Jorge Isaac Fuentes Alarcón, militante argentino, foi preso pela polícia paraguaia após passar a fronteira deste país. Como estabeleceria a Comissão Retting — Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação Chilena — em seu relatório enviado ao presidente Patrício Aylwin no dia 8 de fevereiro de 1991,8 o interrogatório do preso foi feito pela polícia paraguaia, pelos serviços secretos argentinos e... por funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires, que transmitiram à polícia chilena as informações obtidas. Alarcón seria em seguida entregue aos agentes da Direção de Informações Nacionais (Dina chilena) presentes no Paraguai, e transferido para o Chile.

Pois, neste meio tempo, o Chile aperfeiçoou o sistema. Depois do golpe de 11 de setembro de 1973 — pelo qual o presidente norte-americano Richard Nixon e seu secretário de Estado Henry Kissinger têm responsabilidade direta —, o general Pinochet confiou plenos poderes ao coronel Manuel (Mamo) Contreras para "extirpar o câncer comunista" do país. Rapidamente, a Dina se transformou num Estado dentro do Estado.

A exceção venezuelana

A grande presença no exterior de opositores irredutíveis constitui um dos principais problemas da ditadura chilena. Ela consegue assassinar o general Prats, mas os anticastristas cubanos recrutados em fevereiro de 1975 fracassam na tentativa de execução de Carlos Altamirano e Volodia Tetelboim, respectivamente líderes dos partidos Socialista e Comunista chilenos no exílio. No início de agosto, o coronel Contreras efetua uma viagem destinada a convencer os serviços de segurança de toda a América Latina a criarem uma força especial anti-exilados. Ainda se deu ao trabalho de ir à sede da CIA em Washington, no dia 25 de agosto, onde se encontrou com Vernon Walters, sub-diretor encarregado da América Latina.

Dois dias mais tarde ele visitaria, em Caracas, Rafael Riva Vasquez, diretor adjunto dos serviços secretos venezuelanos, a Disip: "Ele explicou (...) que desejaria ter agentes nas embaixadas chilenas no exterior, que já tinha a confiança de funcionários das embaixadas prontos para servirem de agentes, se necessário. Disse que fez várias viagens coroadas de êxito para conseguir o apoio de diferentes serviços secretos latino-americanos. Tudo isso na base de acordos verbais."9 Segundo Rivas, o governo venezuelano deu ordem à Disip de rechaçar as propostas do coronel Contreras. Seria a única recusa. Todos os outros países (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia) aceitam.

A versão chilena da operação Condor

Paralelamente, é dada a ordem para concretizar uma rede na Europa. Esta se articula junto a terroristas italianos de extrema-direita. Não podendo eliminar Carlos Altamirano — que vivia na República Federal Alemã, sob escolta armada —, esses assassinos optam por Bernardo Leighton, ex-vice-presidente do Chile e um dos fundadores do Partido Democrata-Cristão. No dia 6 de outubro de 1975, Leigthon e sua esposa são atacados em Roma por um comando fascista. Salvam-se, mas a sra. Leighton ficaria paralisada para o resto da vida. Apesar do fracasso, o general Pinochet encontra-se com o chefe dos comandos italianos, um certo Stefano Delle Chiaie, que aceita em ficar à disposição dos chilenos.

Por ocasião de sua reunião de 19 a 26 de outubro de 1975 em Montevidéu, a CEA aprova a organização de uma "primeira reunião de trabalho sobre informação nacional" preparada pelo coronel Contreras, de 25 de novembro a 1º de dezembro de 1975. Ela tem "um caráter estritamente secreto". A principal proposta do coronel Contreras visa à criação de um arquivo continental, "algo, em linhas gerais, parecido ao que a Interpol tem em Paris, mas especializado em subversão". Nascia a operação Condor, versão chilena.

A fase três do Condor

Segundo a CIA — que garante nunca ter realmente ouvido falar a respeito até 197610 -, três países membros da operação Condor (o Chile, a Argentina e o Uruguai) "teriam ampliado suas atividades de cooperação antisubversiva para incluir o assassinato de terroristas de alto escalão no exílio na Europa". Embora se considerasse, há muitos anos, que a troca de informações se deveria processar de maneira muito mais bilateral, "uma terceira e muito secreta fase da operação Condor teria concebido a formação de equipes especiais, vindas dos países membros, implicadas em operações que incluiriam assassinatos de terroristas ou simpatizantes de organizações terroristas. Por exemplo, se um terrorista ou um simpatizante de uma organização terrorista de um país membro fosse identificado, uma equipe especial seria mandada para localizar e vigiar o alvo. Enquanto a localização e a vigilância fossem efetuadas, uma segunda equipe seria enviada para executar a operação. A equipe especial contaria com documentos falsos originários de países membros. Ela poderia ser composta de indivíduos vindos de uma ou muitas nações membros".

Para a CIA, o centro operacional desta "fase três" se situa em Buenos Aires onde uma equipe especial teria sido constituída. Enquanto isso, as reuniões bilaterais da CEA continuam entre os diferentes países do Cone Sul e suas conseqüências também são brutais.11

A soberania da Amazônia está em cheque


Avançam na comunidade mundial as propostas para a internacionalização do maior tesouro verde do Brasil. Uma resposta urgente se faz necessária!

Por OCTÁVIO COSTA Colaboraram: Cláudio Camargo, Luciana Sgarbi e Luís Pellegrini - TRECHO RETIRANDO DA REVISTA ISTO É


À primeira vista pode parecer fruto da imaginação de um jornalista estrangeiro, sem maiores compromissos, que acaba de desembarcar no Brasil. Mas seria muita ingenuidade acreditar que o conceituado jornal americano The New York Times abrisse espaço para seu correspondente baseado no Rio de Janeiro, sem que tivesse um objetivo editorial de maior alcance. Sob o título “De quem é a Amazônia, afinal?”, o texto assinado por Alexei Barrionuevo na edição do domingo 18 veio engrossar o coro internacional que tem questionado a soberania do Brasil sobre a Amazônia. Barrionuevo dá seu recado logo no início, quando cita um comentário do então senador americano Al Gore em 1989 (depois ele foi vice do presidente Bill Clinton em duas gestões): “Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós.” Três dias antes de o The New York Times publicar seu artigo, o jornal inglês The Independent, noticiando o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi quem deu plantão sobre a Amazônia. E sem o menor pudor: “Uma coisa está clara. Essa parte do Brasil (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros.” O que fica claro, diante das notícias de Nova York e Londres, é que a Amazônia corre grave ameaça.
A cobiça de potências estrangeiras não é surpresa e tudo começa pela extensão territorial. A Amazônia Legal se estende por nove Estados e ocupa 61% do território brasileiro – sua área equivale à metade do continente europeu e nela cabem 12 países, incluindo Alemanha e França. Ela seria, assim, o sexto maior país do mundo, com uma população de 20 milhões de pessoas. A região faz fronteira de 11 mil quilômetros com Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. O rio Amazonas é o soberano da Terra em volume de água e possui um quinto da água doce do planeta. Segundo avaliações da ONU, o século 21 será marcado por graves conflitos entre as nações, com origem numa única causa: a escassez de água potável. É isso que torna a Amazônia ainda mais estratégica, pois em seus rios estão 21% da água doce vital ao homem. Em seu livro A guerra do amanhã, o assessor para assuntos estratégicos da ONU, Pascal Boniface, previu, entre os cenários de guerras desse século provocadas pelo aquecimento global, a provável invasão da região amazônica por uma coligação internacional. A ação contra a soberania brasileira se justificaria porque “salvar a Amazônia é o mesmo que salvar a Humanidade”. O francês Pascal Lamy, ex-comissário de Comércio da União Européia, é da mesma opinião: “As florestas tropicais como um todo devem ser submetidas à gestão coletiva, ou seja, à gestão da comunidade internacional.”

Como ressalta o The Independent, a Amazônia é uma poderosa reserva de recursos naturais. O diário espanhol El País também destaca que “o mundo tem os olhos postos nas riquezas da floresta”. É por isso que a soberania brasileira é questionada. O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prefere não levar a sério o The New York Times e desqualifica a idéia de internacionalizar a região: “Quem faz uma proposta dessas deveria passar por uma requalificação psicológica, tal o disparate que contém. Os donos da Amazônia somos nós.” Por mais que o ministro tente reduzir a importância das ameaças, o fato, no entanto, é que os estrangeiros se sentem donos da região há muitos anos. Em 1862, logo após a vitória da União na Guerra Civil americana, o presidente Abraham Lincoln sugeriu a representantes dos negros libertados a criação de um Estado Livre na Amazônia. Dom Pedro II não foi consultado, mas o Brasil foi salvo pelos dirigentes negros que deram uma resposta boa e seca a Lincoln: “Não aceitamos a proposta porque este país também é nosso.” Ainda no Segundo Reinado, o comandante Matthew Maury, chefe do Observatório Naval de Washington, defendeu a livre navegação internacional pelo rio Amazonas. Cem anos depois, o urbanista e futurista americano Herman Kahn teve a idéia de inundar a região num sistema de grandes lagos, com as dimensões do Estado de São Paulo, para permitir a navegação até as minas da Bolívia, do Peru e da Venezuela, fornecedoras de matéria-prima para as indústrias metalúrgicas dos EUA. Em troca o Brasil receberia uma hidrelétrica gigantesca.


Planos para a Amazônia não faltam. Em algumas escolas americanas já circulam mapas que mostram o Brasil extirpado dessa região e do Pantanal. Metendo o nariz na vida alheia, os que questionam nossa soberania justificam o ato alegando que o Brasil tem de ser punido por má gestão. Somos acusados, por exemplo, de não conseguirmos deter o desmatamento. Segundo o instituto inglês Stern, esse é o melhor e mais barato caminho para estancar o aquecimento global. A queima de florestas, por um dia, emite mais dióxido de carbono do que vôos de oito milhões de pessoas entre Londres e Nova York. Daí, a imensa responsabilidade do Brasil. Durante a Sessão Especial da ONU sobre Meio Ambiente, em junho de 1997, o presidente americano Bill Clinton exigiu a redução significativa de gás carbônico e disparou veementes críticas aos países que não impediam a queimada em suas florestas. Para não ficar apenas em palavras, Clinton chegou a desmarcar um encontro com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, pois preferiu viajar para a Califórnia, onde se reuniria com prefeitos locais. A questão do desmatamento não deixa de ser um argumento dos que querem internacionalizar a floresta, até mesmo porque os últimos levantamentos do Inpe acusam aumento de áreas queimadas, como revelou Minc na quarta-feira 21. Mas é óbvio que os estrangeiros não são movidos apenas por boas intenções. Muito além das queimadas e da poluição, eles estão de olho é nas incomensuráveis riquezas da Amazônia.
Felizmente, o Exército brasileiro está consciente do perigo. E diz estar preparado até mesmo para a possibilidade mais radical de uma intervenção militar. “Hoje, a Amazônia é nosso maior foco de preocupações com a segurança”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, em recente entrevista em Brasília. Em sua avaliação, uma hipótese potencial seria a de “uma guerra assimétrica na Amazônia, ou seja, uma guerra contra uma potência muito superior, que nos forçaria a uma guerra de resistência nacional”. Outro cenário, segundo Unger, incluiria a ação militar de um país vizinho patrocinado por uma grande potência, bem como incursões de forças irregulares ou paramilitares. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não vê um risco imediato, mas ressalta que, apesar de não sermos beligerantes, saberemos nos defender: “Não há nenhum país ameaçando o Brasil, mas precisamos de uma força dissuasiva para remover a possibilidade de que aconteça uma invasão.” Ou seja, pelo sim, pelo não, as Forças Armadas têm se preparado para a pior hipótese. Além de renovar seu armamento, vêm reforçando suas unidades na região com transferência de tropas do Sul para o Norte. “Os militares projetam um conflito futuro, para daqui a 30 ou 40 anos, com um inimigo mais provável, os Estados Unidos”, diz o cientista político Paulo Ribeiro Rodrigues da Cunha, da Unesp. “Não devemos ser paranóicos, mas muito menos devemos ser ingênuos”, conclui ele, tecendo elogios à movimentação das Forças Armadas.

















A maioria dos especialistas sustenta que a intervenção militar é uma possibilidade remota. Esse é o caso do coronel da reserva Geraldo Lesbat Cavagnari Filho, fundador e pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. Ele descarta o conflito e a conspiração com o objetivo de internacionalizar a Amazônia, mas alerta que isso não justifica nenhuma “negligência da defesa militar nesse possível teatro de operações”. E a defesa, a seu ver, não se reduz à dimensão das armas: “Ela abrange, também, a defesa do meio ambiente e das comunidades indígenas, assim como a interceptação do tráfico de drogas e do contrabando de minérios e madeiras.” Nessa linha, o general Carlos de Meira Mattos, falecido em janeiro de 2007, fez pouco da teoria da soberania compartilhada, mas recomendou ao Estado brasileiro demonstrar forte e inabalável decisão de não aceitar a violação de seus direitos. Além da ofensiva diplomática, o Brasil, recomendava Meira Mattos, deve revelar notória capacidade de administrar a Amazônia, “desenvolvendo eficiente política autosustentável que preserve a natureza, proteja suas águas e otimize o seu povoamento”.

AÇÃO ORQUESTRADA É ingenuidade crer que as publicações no Exterior não apontem para o risco de internacionalização da Amazônia

As tarefas do Estado brasileiro, portanto, estão mais do que assinaladas. E são urgentes. O melhor meio de enfrentar ameaças à soberania nacional é se fazer presente na região. Isso significa, em primeiro lugar, adotar uma política menos complacente em relação às inúmeras ONGs que atuam na Amazônia. Misturam- se ali raras organizações internacionais de mérito reconhecido em defesa da ecologia e dos direitos humanos com inúmeras entidades inidôneas e de finalidade incerta e não sabida. Na verdade, estão atrás das riquezas e da biodiversidade. Há que impedir essa invasão camuflada de objetivos ecológicos e humanitários. Basta lembrar que 96% das reservas mundiais de nióbio encontram-se na Amazônia e a região também é alvo da chamada biopirataria por parte de laboratórios que buscam patentes inéditas para seus medicamentos. O governo tem procurado se informar sobre os desvios de rota das ONGs e promete adotar regulamentos mais rígidos nas permissões de acesso à floresta. As autorizações passarão pelo crivo dos órgãos da Defesa. Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., o objetivo é separar o joio do trigo. “Não serão criados obstáculos para as ONGs respeitadas”, diz ele.
Em sua explosiva reportagem, o The New York Times comete o exagero de comparar as novas exigências que serão feitas às ONGs aos tempos da Guerra Fria, quando determinadas áreas da ex-União Soviética eram vedadas a estrangeiros. Diz o jornal que, assim, o Brasil pode terminar como ela. A comparação é tão estapafúrdia quanto a proposta de internacionalizar a Amazônia por se tratar de “um patrimônio da Humanidade”. Só encontra paralelo nas versões que correm em círculos intelectuais europeus e americanos de que o Brasil estaria patrocinando um “pavoroso extermínio de seus índios”.

Seguiu-se ABAIXO A REPORTAGEM COMPLETA DA REVISTA

Segue abaixo o link do The New York Times sobre a Amzônia

A Internacionalização do Mundo
Cristovam Buarque

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

UNASUL - Potência Munidal: nossa matriz energética

A Unasul congrega um dos locais reservatórios energéticos do planeta Terra, tendo condições reais de alcançar um alto grau de crescimento e desenvolvimento econômico. Possui uma grande reserva de gás natural com capacidade de abastacer todo o continente e grandiosímas reservas de petróleo recém-descobertas, a qual deixará o continente americano como um dos maiores produtores de petróleo da Terra. Veja os tópicos referentes às matrizes energéticas.

PETRÓLEO
GÁS NATURAL
ENERGIA EÓLICA

PETRÓLEO

Assista ao vídeo Pré-SAL: o início de tudo. O vídeo mostra como se formou o pré-sal.










Assista ao vídeo Petrobrás: uma nova era de energia, a qual trata da descoberta do Pré-sal e da autossuficiência brasileira em petróleo alcançada em 2006.






O vídeo SUB-SAL trata da formação do petróleo na camada do pré-sal, explicando-se como se formou cada uma das camadas de rochas em cada era geológica, com as características geomorfológicas e de perfuração de reservatórios sub-sal.





O que é o Pré-Sal

O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas encontrada sob uma profunda camada de sal que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho. O pré-sal encontrado no Brasil é a primeira descoberta de petróleo abaixo destas camadas de sal, encontradas em alguns outros locais do mundo (litoral Atlântico da África, Golfo do México e Mar Cáspio), como já noticiado neste blog. Entretanto, ainda não se sabe ao certo se estas outras áreas subsal possuem grandes reservas petrolíferas como o pré-sal no litoral brasileiro, que é a região mais profunda em que já foi encontrado petróleo em todo o mundo.

O termo “pré” de pré-sal refere-se à temporalidade geológica e não à profundidade. Considerando-se a perfuração do poço, à partir da superfície, o petróleo do pré-sal é considerado subsal, pois está abaixo da camada de sal. Entretanto, a classificação das rochas segue a nomenclatura da Geologia, que se refere à escala temporal em que os diferentes estratos geológicos foram formados. As rochas reservatório do pré-sal foram formadas antes de uma camada de sal, que cobriu aquela área milhões de anos depois, ou seja, mais recentemente na escala de tempo geológica. Portanto, o “pré” do pré-sal refere-se à escala de tempo, ou seja, a camada estratigráfica é mais antiga do que a de sal.

O “pré-sal” é considerado uma grande bacia petrolífera, sem que se saiba exatamente se é um conjunto de enormes campos petrolíferos independentes, mas próximos, ou um único campo petrolífero gigantesco. Avalia-se que tenha entre 70 e 100 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural mineral. Os geólogos mais otimistas falam em até 200 bilhões ou 300 de barris caso seja formado por um único campo ou se a sua extensão for ainda maior do que a área já mapeada.

Se as reservas petrolíferas forem de 100 bilhões de barris, e o petróleo estiver cotado entre US$ 50,0 ou US$ 100,00, esta riqueza mineral permitirá ao país obter uma renda gigantesca, entre US$ 5 trilhões e US$ 10 trilhões, apenas extraindo óleo cru. Se o petróleo for refinado, este valor pode ser multiplicado em várias vezes, impactando diretamente toda a economia nacional. Os produtos derivados de petróleo com maior valor agregado não são nem os combustíveis, mas sim os produtos duráveis ou semi-duráveis, como materiais sintéticos, plásticos (polímeros, policarbonatos), tecidos sintéticos, além de uma infinidade de produtos finais que utilizam esses materiais em toda a indústria.

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Petrobras: A camada pré-sal

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Mapa da Petrobrás mostrando a regiao do pré-sal


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Recursos Energéticos en la Comunidad Andina

Recursos Energéticos en la Comunidad Andina *

Petróleo

La Subregión Andina tiene una extensa zona con potencial hidrocarburífero, estimándose entre un 15% y un 30% el área explorada en cada país, exceptuando a Venezuela donde ésta supera el 30%. A inicios del año 2001 las reservas probadas de petróleo de la Subregión se dimensionaban en 85.0 mil millones de barriles (ver Cuadro 1).

En la década 1991/2000, las reservas se incrementaron en un 55.5%, cuadruplicando Bolivia y Ecuador sus niveles iniciales.

Las reservas de petróleo en la Comunidad Andina son más de cuatro veces las de Estados Unidos y ocho veces las del Mercosur. La producción ha aumentado en casi un 80% en el período 1985-2000, al pasar de 2.5 a 4.5 millones de barriles por día (MBD). En ese mismo período, el consumo en la subregión andina creció un 40%, al pasar de 1.3 a 1.8 MBD y las exportaciones netas se duplicaron, al pasar de 1.3 a 2.7 MBD.

Venezuela posee la mayor cantidad de reservas probadas de la Subregión Andina (91.4%), a la vez que representó el 78% de las exportaciones subregionales. Es de esperarse que Venezuela continúe siendo el mayor exportador de la Subregión.

En cuanto a refinación, la Subregión cuenta con una capacidad cercana a los dos millones de barriles día de petróleo crudo, como puede verse en el Cuadro 2. La capacidad utilizada promedio para las refinerías es de 85%.

De acuerdo a la ponencia presentada por el Dr. Ramón Espinasa, Consultor del Banco Interamericano de Desarrollo y de la Corporación Andina de Fomento, ante la Reunión de Ministros de Energía y Minas de la Comunidad Andina en junio de 2003, se pueden encontrar dos escenarios en cuanto a la producción y consumo de petróleo en el espacio sudamericano.

Por un lado, en un primer escenario, con una tasa de crecimiento equivalente al 5%, y de mantenerse la tendencia exponencial de crecimiento de los últimos quince años, la producción de petróleo crecerá en 10 MBD –2.7 veces- hasta 17 MBD en los próximos veinte años. Allí el consumo crecerá 2 MBD –un 50%- hasta 6 MBD y el excedente exportable se multiplica por cuatro hasta 10 MBD. De otro lado, en un segundo escenario, con una tasa de crecimiento equivalente al 3.5%, la producción crece a una tasa menor (3.5% vs. 5%) y se duplica en los próximos veinte años hasta 12.5 MBD. Allí el excedente exportable se multiplica por 2.5 hasta 6 MBD.

En consecuencia, las exportaciones de Sudamérica representan en la actualidad el 20% de las importaciones de EUA. Suponiendo que el excedente exportable adicional de Sudamérica se destinara a suplir el mercado de Estados Unidos, la participación de las importaciones de la Subregión Andina en el mercado de EUA se incrementaría a 50% en el 2020 bajo el primer escenario. Sin embargo, bajo el segundo escenario, dicha participación se incrementaría hasta tan sólo un 30%.

Gas natural

Las reservas probadas de gas natural alcanzan los 5,451 mil millones de metros cúbicos, de los cuales el 77% corresponden a Venezuela. En la última década, Perú incrementó sus reservas en el campo de Camisea, mientras que Bolivia las cuadruplicó en los últimos cuatro años. Por los resultados exitosos de la exploración realizada en la Subregión podría esperarse que hubiese un potencial gasífero muy cuantioso que aún no ha sido descubierto. Sin embargo, es de destacar que el nivel de las reservas probadas está muy afectado por el reducido esfuerzo exploratorio que ha sido dirigido de manera específica a localizar yacimientos de esos hidrocarburos, puesto que hasta hace poco tiempo se privilegiaban las inversiones para localizar acumulaciones de petróleo. El éxito de los esfuerzos de Bolivia localizando yacimientos gasíferos, el mejoramiento de los precios internacionales del gas, la necesidad de aumentar la generación térmica de electricidad y decisivos progresos tecnológicos que se han producido en las áreas de la licuefacción, regasificación y transporte del gas han modificado esta tendencia haciendo que en la actualidad se hayan incrementado los proyectos enfocados hacia este recurso. Un ejemplo en este sentido es el reciente lanzamiento de proyectos exploratorios y de desarrollo gasífero en la plataforma continental venezolana.

El Cuadro 3 muestra que la Subregión Andina dispone de abundantes recursos, alcanzando las actuales reservas para 97 años si se mantuviera el ritmo de producción.

De acuerdo a lo señalado por el documento “Informe Preliminar a los Presidentes de los Países Andinos sobre el Potencial Energético de la Subregión Andina como factor estratégico para la seguridad energética regional y hemisférica” en Guayaquil en julio de 2002, en esta materia la situación de cada uno de los Países Miembros es la siguiente:

Bolivia es hasta la fecha el único país exportador de gas de la Subregión Andina. En julio de 1999 puso en marcha el gasoducto de exportación al Brasil, con 9 Mm3 por día y se espera incrementarla hasta 30 Mm3 en el año 2004. Además de exportar a Brasil, Bolivia actualmente lo hace en pequeñas cantidades a Argentina y, a mediano plazo, podría aumentar las exportaciones para cubrir mayores déficits que se presenten en Argentina, Brasil, Chile y posiblemente exportar también a Paraguay y Uruguay. Las abundantes reservas de Bolivia podrían ser a futuro una garantía para el abastecimiento de gas al mercado del MERCOSUR, pero la necesidad, que tienen las empresas productoras y el Estado boliviano, de monetizar las reservas de gas han incentivado la búsqueda de mercados alternativos fuera de la Subregión Andina. En la eventualidad de que los productores bolivianos acuerden la exportación hacia el hemisferio norte, vía el Océano Pacífico, tanto Chile como Perú serían las opciones de paso de los gasoductos hacia la costa para el embarque del LNG.

Colombia tiene suficientes reservas de gas natural para satisfacer las necesidades de su mercado interno hasta el mediano plazo (26 años). Aproximadamente el 50% de los volúmenes remanentes de gas tienen viabilidad concreta de comercialización (una buena parte de las reservas de Cusiana y Cupiagua) compensando la declinación de los campos ubicados en la costa norte. El resto de las reservas probadas no tiene aún mercados concretos para monetizarse y la posibilidad de su explotación depende de la valorización que adquieran. Los posibles destinos del gas colombiano son los países centroamericanos y posiblemente en el corto y mediano plazo Venezuela para la recuperación mejorada de petróleo en el occidente venezolano.

Ecuador tiene reservas y capacidad productiva de gas de magnitudes menores, pero que no son explotadas en la actualidad. Se ha descubierto el campo de gas Amistad, con una reserva de 9.8 mil millones de metros cúbicos, que está siendo desarrollado desde una plataforma off shore en el golfo de Guayaquil. Lo anterior abre la posibilidad de mayores descubrimientos en la zona si se realizan actividades de exploración.

Perú podría ver cambiar su matriz energética a mediano plazo como efecto de su aprovechamiento del gas natural. Si bien en la actualidad el uso del gas natural como combustible es bajo, la explotación de Camisea y la construcción del gasoducto a Lima involucran cuantiosas inversiones. El abastecimiento de gas al mercado de Lima permitirá la substitución de fuel oil en la generación eléctrica y en la industria, el diesel oil y la gasolina usados en el transporte público y posiblemente a mediano plazo el Gas Licuado de Petróleo (GLP) usado en el sector residencial y comercial. El mercado de Lima no es suficiente, por lo que se están analizando mercados para la comercialización de Gas Natural Licuado (GNL) en la costa del Pacífico y la instalación de una planta de transformación de Gas a Líquido (GTL). Por el momento, puede afirmarse que el mercado es posible, siendo las generadoras eléctricas y los grandes consumidores industriales los potenciales clientes. Las mayores posibilidades de desarrollo del mercado están en la costa central.

Venezuela, aunque dispone de la reserva más importante de gas de la Subregión Andina, en el corto plazo tiene dificultades en aumentar la producción porque el 91% de ésta se encuentra asociada y debe seguir el ritmo de producción del petróleo. Por otra parte, utiliza gran cantidad de gas en la recuperación mejorada de petróleo que compite a corto plazo con otros usos en el mercado interno y posterga las exportaciones sea por gasoducto o en forma de licuado (GNL). La producción se petróleo es quien regula la disponibilidad de gas natural. Los importantes crecimientos que se esperan en esta industria dependen y se apoyan en el desarrollo de reservas de gas libre, que estarían en manos del sector privado y serían destinadas al abastecimiento del mercado local.

Las futuras interconexiones de Venezuela con los países vecinos resultarán eficientes una vez que sus dos sistemas de gasoductos existentes en el país se unan. Adicionalmente, será imprescindible realizar mayores inversiones en infraestructura doméstica, de manera de incrementar la capacidad y la longitud de la actual red de gasoductos y las redes de distribución domiciliaria. También, Venezuela puede desarrollar su reserva de gas libre en sus yacimientos situados fuera de la costa del Atlántico, colindantes al este con Trinidad & Tobago e incrementar la actividad exploratoria en esa zona, lo que le permitiría desarrollar los proyectos de GNL para la exportación. Sus mercados más evidentes para el GNL serían la Costa Este de los Estados Unidos, posiblemente Louissiana, por una parte y, el Noreste de Brasil, por otra.

Carbón mineral

El carbón mineral es un recurso que se ubica principalmente en Colombia y Venezuela, con cerca de 8 mil millones de toneladas en reservas de alta calidad. Esta cantidad representa el 2% de la oferta de energía primaria de la Región Andina. La producción de carbón en el año 2000 fue de 46 millones de toneladas y el alcance estimado es de 171 años (ver Cuadro 4). En el año 2000 Colombia culminó el proceso de vinculación del capital privado al megaproyecto de El Cerrejón Norte, con la suscripción del contrato de exploración minera y transferencia entre Carbocol y la compañía Cerrejón Norte S.A. (consorcio de tres inversionistas extranjeros).

De acuerdo a la ponencia presentada por el Dr. Ramón Espinasa, Consultor del Banco Interamericano de Desarrollo y de la Corporación Andina de Fomento, ante la Reunión de Ministros de Energía y Minas de la Comunidad Andina en junio de 2003, se pueden encontrar dos escenarios en cuanto a la producción y consumo de petróleo en el espacio sudamericano.

Por un lado, en un primer escenario, con una tasa de crecimiento equivalente al 5%, y de mantenerse la tendencia exponencial de crecimiento de los últimos quince años, la producción de petróleo crecerá en 10 MBD –2.7 veces- hasta 17 MBD en los próximos veinte años. Allí el consumo crecerá 2 MBD –un 50%- hasta 6 MBD y el excedente exportable se multiplica por cuatro hasta 10 MBD. De otro lado, en un segundo escenario, con una tasa de crecimiento equivalente al 3.5%, la producción crece a una tasa menor (3.5% vs. 5%) y se duplica en los próximos veinte años hasta 12.5 MBD. Allí el excedente exportable se multiplica por 2.5 hasta 6 MBD.

En consecuencia, las exportaciones de Sudamérica representan en la actualidad el 20% de las importaciones de EUA. Suponiendo que el excedente exportable adicional de Sudamérica se destinara a suplir el mercado de Estados Unidos, la participación de las importaciones de la Subregión Andina en el mercado de EUA se incrementaría a 50% en el 2020 bajo el primer escenario. Sin embargo, bajo el segundo escenario, dicha participación se incrementaría hasta tan sólo un 30%.

Gas natural

Las reservas probadas de gas natural alcanzan los 5,451 mil millones de metros cúbicos, de los cuales el 77% corresponden a Venezuela. En la última década, Perú incrementó sus reservas en el campo de Camisea, mientras que Bolivia las cuadruplicó en los últimos cuatro años. Por los resultados exitosos de la exploración realizada en la Subregión podría esperarse que hubiese un potencial gasífero muy cuantioso que aún no ha sido descubierto. Sin embargo, es de destacar que el nivel de las reservas probadas está muy afectado por el reducido esfuerzo exploratorio que ha sido dirigido de manera específica a localizar yacimientos de esos hidrocarburos, puesto que hasta hace poco tiempo se privilegiaban las inversiones para localizar acumulaciones de petróleo. El éxito de los esfuerzos de Bolivia localizando yacimientos gasíferos, el mejoramiento de los precios internacionales del gas, la necesidad de aumentar la generación térmica de electricidad y decisivos progresos tecnológicos que se han producido en las áreas de la licuefacción, regasificación y transporte del gas han modificado esta tendencia haciendo que en la actualidad se hayan incrementado los proyectos enfocados hacia este recurso. Un ejemplo en este sentido es el reciente lanzamiento de proyectos exploratorios y de desarrollo gasífero en la plataforma continental venezolana.

El Cuadro 3 muestra que la Subregión Andina dispone de abundantes recursos, alcanzando las actuales reservas para 97 años si se mantuviera el ritmo de producción.

Electricidad

La capacidad instalada de la Subregión Andina para generar electricidad era de 44.901 MW en el 2000, de la cual el 59% es hidroeléctrica.

De acuerdo a lo señalado por el documento “Informe Preliminar a los Presidentes de los Países Andinos sobre el Potencial Energético de la Subregión Andina como factor estratégico para la seguridad energética regional y hemisférica” en Guayaquil en julio de 2002, en esta materia la situación de cada uno de los Países Miembros es la siguiente:

Bolivia es hasta la fecha el único país exportador de gas de la Subregión Andina. En julio de 1999 puso en marcha el gasoducto de exportación al Brasil, con 9 Mm3 por día y se espera incrementarla hasta 30 Mm3 en el año 2004. Además de exportar a Brasil, Bolivia actualmente lo hace en pequeñas cantidades a Argentina y, a mediano plazo, podría aumentar las exportaciones para cubrir mayores déficits que se presenten en Argentina, Brasil, Chile y posiblemente exportar también a Paraguay y Uruguay. Las abundantes reservas de Bolivia podrían ser a futuro una garantía para el abastecimiento de gas al mercado del MERCOSUR, pero la necesidad, que tienen las empresas productoras y el Estado boliviano, de monetizar las reservas de gas han incentivado la búsqueda de mercados alternativos fuera de la Subregión Andina. En la eventualidad de que los productores bolivianos acuerden la exportación hacia el hemisferio norte, vía el Océano Pacífico, tanto Chile como Perú serían las opciones de paso de los gasoductos hacia la costa para el embarque del LNG.

Colombia tiene suficientes reservas de gas natural para satisfacer las necesidades de su mercado interno hasta el mediano plazo (26 años). Aproximadamente el 50% de los volúmenes remanentes de gas tienen viabilidad concreta de comercialización (una buena parte de las reservas de Cusiana y Cupiagua) compensando la declinación de los campos ubicados en la costa norte. El resto de las reservas probadas no tiene aún mercados concretos para monetizarse y la posibilidad de su explotación depende de la valorización que adquieran. Los posibles destinos del gas colombiano son los países centroamericanos y posiblemente en el corto y mediano plazo Venezuela para la recuperación mejorada de petróleo en el occidente venezolano.

Ecuador tiene reservas y capacidad productiva de gas de magnitudes menores, pero que no son explotadas en la actualidad. Se ha descubierto el campo de gas Amistad, con una reserva de 9.8 mil millones de metros cúbicos, que está siendo desarrollado desde una plataforma off shore en el golfo de Guayaquil. Lo anterior abre la posibilidad de mayores descubrimientos en la zona si se realizan actividades de exploración.

Perú podría ver cambiar su matriz energética a mediano plazo como efecto de su aprovechamiento del gas natural. Si bien en la actualidad el uso del gas natural como combustible es bajo, la explotación de Camisea y la construcción del gasoducto a Lima involucran cuantiosas inversiones. El abastecimiento de gas al mercado de Lima permitirá la substitución de fuel oil en la generación eléctrica y en la industria, el diesel oil y la gasolina usados en el transporte público y posiblemente a mediano plazo el Gas Licuado de Petróleo (GLP) usado en el sector residencial y comercial. El mercado de Lima no es suficiente, por lo que se están analizando mercados para la comercialización de Gas Natural Licuado (GNL) en la costa del Pacífico y la instalación de una planta de transformación de Gas a Líquido (GTL). Por el momento, puede afirmarse que el mercado es posible, siendo las generadoras eléctricas y los grandes consumidores industriales los potenciales clientes. Las mayores posibilidades de desarrollo del mercado están en la costa central.

Venezuela, aunque dispone de la reserva más importante de gas de la Subregión Andina, en el corto plazo tiene dificultades en aumentar la producción porque el 91% de ésta se encuentra asociada y debe seguir el ritmo de producción del petróleo. Por otra parte, utiliza gran cantidad de gas en la recuperación mejorada de petróleo que compite a corto plazo con otros usos en el mercado interno y posterga las exportaciones sea por gasoducto o en forma de licuado (GNL). La producción se petróleo es quien regula la disponibilidad de gas natural. Los importantes crecimientos que se esperan en esta industria dependen y se apoyan en el desarrollo de reservas de gas libre, que estarían en manos del sector privado y serían destinadas al abastecimiento del mercado local.

Las futuras interconexiones de Venezuela con los países vecinos resultarán eficientes una vez que sus dos sistemas de gasoductos existentes en el país se unan. Adicionalmente, será imprescindible realizar mayores inversiones en infraestructura doméstica, de manera de incrementar la capacidad y la longitud de la actual red de gasoductos y las redes de distribución domiciliaria. También, Venezuela puede desarrollar su reserva de gas libre en sus yacimientos situados fuera de la costa del Atlántico, colindantes al este con Trinidad & Tobago e incrementar la actividad exploratoria en esa zona, lo que le permitiría desarrollar los proyectos de GNL para la exportación. Sus mercados más evidentes para el GNL serían la Costa Este de los Estados Unidos, posiblemente Louissiana, por una parte y, el Noreste de Brasil, por otra.

Carbón mineral

El carbón mineral es un recurso que se ubica principalmente en Colombia y Venezuela, con cerca de 8 mil millones de toneladas en reservas de alta calidad. Esta cantidad representa el 2% de la oferta de energía primaria de la Región Andina. La producción de carbón en el año 2000 fue de 46 millones de toneladas y el alcance estimado es de 171 años (ver Cuadro 4). En el año 2000 Colombia culminó el proceso de vinculación del capital privado al megaproyecto de El Cerrejón Norte, con la suscripción del contrato de exploración minera y transferencia entre Carbocol y la compañía Cerrejón Norte S.A. (consorcio de tres inversionistas extranjeros).

En el año 2000 la generación eléctrica en la Subregión Andina fue de 160,997 GWh, repartida en hidroeléctrica 74% y termoeléctrica 26%.

Las reformas adoptadas por los países andinos han puesto límites al control exclusivo que tradicionalmente tenía el Estado en el suministro de energía eléctrica y han permitido la presencia de capital privado en el sector. Varios de los mercados internos han logrado un satisfactorio nivel de madurez en la medida que los consumidores significativos se encuentran conectados al respectivo sistema nacional. Pero por otra parte, en la Subregión existen grados muy bajos de cobertura en el servicio eléctrico de las zonas rurales, a la vez que hay potenciales importantes para el comercio de electricidad entre los andinos y con relación a los países vecinos.

Energías renovables

En los últimos años, las energías renovables son opciones viables para el suministro de electricidad tanto a la población urbana como a la población rural aislada. En el primer caso, las fuentes utilizadas para generar electricidad son pequeñas y medianas caídas hídricas, la velocidad del viento y la biomasa. A nivel rural, destacan los pequeños aprovechamientos hídricos y la energía solar fotovoltaica.

En lo referente a los parques eólicos, a pesar de existir unidades con funcionamiento exitoso en Perú, esta opción todavía no incide sobre su matriz energética, aunque el potencial existente del recurso es elevado. Esto último también es valido para la biomasa, especialmente en el aprovechamiento de residuos forestales.

Algunos gobiernos se encuentran desarrollando programas con un importante componente de energía solar fotovoltaica, destacando por su amplitud aquellos que se ejecutan en Bolivia, Ecuador y Perú. Aunque sus costos son altos para la capacidad adquisitiva de la población, muchas veces constituye la única opción disponible por la imposibilidad técnica y económica de la extensión de las redes eléctricas convencionales. Lo importante de estos programas son los mecanismos de apoyo financiero para la adquisición de los equipos y su mantenimiento y, en la medida que se consoliden estos mecanismos con la participación activa y administración propia por parte de las comunidades rurales, la cobertura con esta tecnología podría incrementarse en la subregión andina.

* Este texto forma parte del Documento de Trabajao "Bases de la Alianza Energética Andina - Antecedentes para su formación", Julio de 2004

fonte: comunidadandina.org


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